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Carlos da Áustria, homem de Estado e cristão
O mais históricos dias para a freguesia do Monte foram marcados pela presença de Carlos, imperador da Áustria e rei da Hungria. Exilado na Madeira desde 19 de Novembro de 1921, veio residir para a “Quinta do Monte”, propriedade de Luís Rocha Machado a 18 de Fevereiro de 1922. Quis a divina providência que o Monte fosse a sua última morada. Partiu no dia 1 de Abril de 1922 aos trinta e quatro anos de idade, deixando nos lábios palavras de perdão: “Perdoo todos os meus inimigos, todos os que me ofenderam e todos os que trabalham contra mim”.
Em plena primeira guerra mundial, destacou-se solitariamente entre as figuras políticas como defensor da paz. Não para salvar o trono e o próprio poder e riqueza, mas para pôr termos à tragédia da morte e sofrimento do seu povo. Colocou o bem da sua população á frente de todos os seus interesses pessoais.
Carlos da Áustria, foi beatificado em Roma pelo Papa João Paulo II a 3 de Outubro de 2004. No homilia dessa celebração disse o Papa: “Desde o início, o Imperador Carlos concebeu o cargo que ocupava como um serviço sagrado aos seus povos. A sua principal preocupação consistia em seguir a vocação do cristão à santidade também na sua acção política. Por este motivo, o seu pensamento estava orientado para a assistência social. Que ele constitua um exemplo para todos nós, sobretudo para aqueles que hoje ocupam lugares de responsabilidade política na Europa”.
O Beato Carlos deixou-nos no seu lema de vida o seu testamento espiritual: «Todo o meu empenho é sempre, em todas as coisas, conhecer o mais claramente possível e seguir a vontade de Deus, e isto da forma perfeita».